Colagens, Clonagens e Originais
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Olá!
Este é o meu site, construído para divulgar meus
projetos. Entre eles, meu cd " Colagens, Clonagens e
Originais".
Nele apresento um pouco da música que gosto de
ouvir e cantar. Quero dá-lo
de presente. E quero que você o aceite.
Para isso, você só precisa abrir a página "CD para
download". Depois, é só
clicar sobre os títulos das canções para ouvi-las e
baixá-las individualmente ou baixar o cd completo nas
versões WINRAR e WINZIP. Todas as opções estão em
formato MP3 de alta definição, que proporciona maior
qualidade de áudio.
Cordialmente,
Tereza Miguel
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O título - Colagens, Clonagens e
Originais - define o repertório do cd em
relação às características de cada canção.
COLAGENS são as canções que
têm no arranjo
fragmentos de gravações de outras e outros artistas, que "sampleei"
e colei em vários pontos, usando os programas Pro Tools e
Sound Forge para fazer as edições necessárias.
Além desses fragmentos colados, utilizei igualmente
fragmentos incidentais (cantados) de outras canções, para construir a
ideia de cada um desses arranjos.
CLONAGENS são as canções compostas sobre bases harmônicas de canções já
existentes. Nesse sentido, dá para dizer que um
bom exemplo de clonagem é o blues.
Será que alguém conseguiria contar quantos temas de blues
já foram compostos sobre os mesmos clássicos 12
compassos?
O interessante de se usar uma sequência de acordes desenvolvida por outra pessoa para compor uma canção é
exatamente a possibilidade de criar um caminho diferente
para a melodia, com resoluções mais variadas. Isso permite
que o processo de composição se amplie, mostrando novas
direções, que não seriam pensadas (provavelmente) se se mantivesse apenas
o critério pessoal de escolha de acordes. E usar
progressões de outras compositoras e compositores chega a ser um divertimento. As
ideias vão
surgindo e surpreendendo pela sensação de novidade que
provocam, e o resultado final, de qualquer modo, fica sujeito
às preferências pessoais. É, portanto, mais uma
forma de compor dentro de um estilo aberto. Não é cópia,
não é plágio - é um exercício de assimilação. Até
porque, quem compõe, gosta de experimentar.
Neste cd, a canção JUST A FAN é a minha
clonagem das progressões harmônicas de Corcovado e
Insensatez, de Tom
Jobim.
ORIGINAIS são as canções que têm os arranjos criados originalmente para elas.
Várias dessas canções são inéditas e duas são
regravações ("God bless the child" e
"Alguma coisa ela fez"). Aliás, quero acrescentar
que o arranjo de COMO COMPOR UMA CANÇÃO CHIQUE
é híbrido, já que é original mas contém uma pequena colagem inicial
(fragmento de "Clair de Lune" de Claude Debussy).
Para fechar o cd, incluí uma faixa bônus -
"RELAXAR E MEDITAR - para entrar em sintonia com o
universo".
Não é música. É um
momento para buscarmos paz interior e nos desligarmos de
todas as questões materiais deste nosso mundo dolorosamente
desigual.
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Eclética Radical
Depois de muito tempo tentando me encontrar musicalmente,
concluí que meu estilo difuso não era o problema que
parecia ser. Era o meu jeito de gostar de música. Um
gosto abrangente. Era e é exatamente isso: eclético radical.
Sou, portanto, a primeira cantora a utilizar o conceito
"eclético radical" para definir meu trabalho. E
agora considero isso bom porque as restrições do repertório fechado não se aplicam ao repertório
aberto.
Gosto de canções, não de gêneros musicais. Por isso, meu trabalho inclui MPB - seja lá
isso o que for* - e, de um modo geral, música de qualquer tempo e lugar que
tenho a oportunidade de ouvir. Uma mistura
eclética, intencionalmente radical.
Sendo eclética radical, tenho mais liberdade para
escolher canções. E o critério é: eu só preciso gostar delas.
Contando nem parece, mas sofri muito para descobrir que era simples assim. Sofri
porque as pessoas sempre querem saber qual é o seu
estilo, que tipo de música você
canta. E as gravadoras também preferem cantoras e
cantores com estilo fechado, focado num único gênero, ou seja, não eclético. Por
exemplo, só rock, só samba. Colocar um samba no meio de um cd de rock
- nem pensar!
Segmentar é mais fácil, reconheço.
Nada contra o estilo segmentado. Que cada pessoa se
encontre no gênero que considerar mais verdadeiro para si.
É o melhor caminho.
Por isso, ao introduzir o conceito "eclético
radical", defini meu estilo (ou gênero),
por mais aberto que seja. É o estilo de quem
faz música sem restrições, seguindo, acima de tudo, seu
gosto pessoal.
E como gosto de quase tudo, sou igualmente uma ouvinte
eclética radical. Felizmente, existe o público que
ouve "eclético radical" e é para esse público
de gosto abrangente que apresento meu trabalho.
Música sem
restrições - eclética, aberta.
Definindo o Eclético Radical
Além do repertório composto por várias pessoas, para
se conseguir um resultado eclético radical é preciso que
instrumentistas, arranjadoras e arranjadores
contribuam com seus próprios estilos e conceitos. Quanto
mais gente tocando, melhor.
Se o repertório for eclético, mas as pessoas forem
as mesmas - arranjando e tocando todas as faixas -, o resultado do cd poderá ser eclético,
porém não tão radical (muitas vezes, acaba prevalecendo o
estilo de quem faz os arranjos sobre os demais estilos, inclusive o da cantora
ou cantor). Estilo é marca, mas também pode ser
prisão. E isso se estende a tudo (instrumentos,
equipamentos de gravação, mixagens, etc.).
Para livrar-se da ditadura do estilo fechado, é preciso contar
com essa mistura de estilos (fazendo
combinações diversas para formar "bandas
instantâneas"). Dessa forma, chega-se a um resultado eclético radical. Quanto
à cantora ou cantor,
é possível que seu estilo nem sempre se expanda tanto. A preferência
por um ou dois gêneros musicais acaba se evidenciando. Por isso
mesmo, para incorporar outros modos de cantar, é preciso fazer exatamente o que se faz quando se aprende
alguma coisa nova: imitar no início para, em seguida,
absorver e personalizar detalhes selecionados, ampliando, assim, seu
próprio estilo; ouvir cantoras e cantores que fazem coisas
interessantes com suas vozes - analisar seus jeitos -, sempre
em busca de novos resultados. Daí, quanto mais livre do
próprio estilo - sendo esse o objetivo para algumas
canções-, mais diversificado será o som. Claro, em se tratando de
estilo eclético radical.
Para concluir, por gostar de música
eclética, poderei até montar um cd com repertório de
estilo fechado, futuramente, se sentir vontade de variar em
relação ao meu próprio gosto.
Tereza Miguel.
(* Referências na Ficha Técnica).
(atualizado em agosto e
setembro de
2.009)
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Para acessar a
página de abertura, clique aqui.
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